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MagazineHM #68 apresenta a entrevista realizada a Raquel Almeida, CEO da B’Living Real Estate – empresa de imobiliário parceira da HM Consultores.
Raquel Almeida iniciou a sua carreira profissional há 29 anos e tem sido marcada pelo arranque de novos projetos, tendo passado por funções comerciais, de gestão e de coordenação, com elevado conhecimento do tecido empresarial da zona Norte. Procura desenvolver a carreira tendo por base desafios que lhe permitem crescer, quer trabalhando com autonomia e independência, quer na liderança de projetos e/ou pessoas, quer em áreas de negociação, numa aprendizagem constante.
Define-se pela orientação para resultados, capacidade de liderança, iniciativa, determinação, adaptação à mudança, visão estratégica e compromisso.
1. Qual é a missão e o posicionamento da B’Living Real Estate no mercado imobiliário português? Como foram delineados os vossos principais diferenciais competitivos?
A B’Living nasceu como marca comercial em Fevereiro de 2023 de uma improbabilidade, o que fez com que o posicionamento viesse a ser ajustado ao longo do tempo.
O sonho de ter um negócio próprio vem de longa data…
sempre tive uma postura muito empenhada e vestia a camisola de tal forma que por onde passava profissionalmente era como se o negócio fosse meu… dado que tinha ideias muito próprias e uma visão muito única de estratégia empresarial chegou um momento que já não me identificava com o que me rodeava, apesar de gostar muito do que fazia. Durante 25 anos fui bancária, sempre na área comercial, em várias geografias, tendo passado por várias áreas de negócio e funções, tendo sido a mais sólida na área do apoio financeiro a Empresas.
A aposta no mercado imobiliário aconteceu de forma inusitada; na verdade, após decidir sair da Banca, recebi vários convites para vários projetos; um desses convites foi para abrir uma agência imobiliária em
franchising de uma marca bem implantada no mercado, que na altura, pareceu o mais interessante;
não obstante não ter uma ideia positiva do setor, o que me foi apresentado parecia diferenciador e o desafio que procurava; entretanto, procurar o espaço certo, na localização atribuída, as obras e todo o processo inerente à abertura demorou quase um ano e quando estava quase a abrir ao público houve uma alteração estratégica da marca que me fez recuar e percebi que ter a minha marca própria era o que me iria realizar o sonho de ter a minha própria empresa…
já tinha efetuado um investimento significativo e era hora de avançar! Assim surgiu a B’Living Real Estate… B de Braga (onde inicialmente foi fundada), mas “B’Living” (Believing) de acreditar: em mim, no meu projeto, numa empresa que queria que fosse diferente!
No início adaptei o
modus operandi que era dessa marca (que era o meu ponto de partida no setor), mas neste último ano, e com o decorrer da experiência prática,
fui percebendo que para fechar negócios e continuar com os princípios éticos e visão profissional, teria que alterar quer o posicionamento quer os procedimentos, e alargar as áreas de negócio.
O posicionamento foi sempre de encontrar o imóvel certo para o cliente certo e encontrar o cliente certo para cada imóvel, procurando, de forma profissional,
a satisfação de clientes compradores e clientes proprietários; no entanto, adaptei processos e estratégias, mais assertivas para a concretização de negócios.
Neste momento, procuro trabalhar o mercado imobiliário para clientes que procurem exatamente a segurança, o profissionalismo e a confiança que necessitam no seu processo de compra ou venda de casa, passando o
core business da empresa a ser não só as atividades de mediação imobiliária, mas também e essencialmente a Intermediação de Crédito; a Consultoria Empresarial via parceria com a
HM Consultores passa a estar presente diariamente na atividade da B’Living.
2. De que forma é que a parceria com a HM Consultores se enquadra na vossa visão de crescimento?
Como referi, o
core business da empresa passou a ser recentemente, além da Mediação Imobiliária, a Intermediação de Crédito e a Consultoria Empresarial.
Pareceu-nos relevante ir para uma área onde os conhecimentos de empresas (fruto da atividade no passado na Banca de Empresas) poderia ser mais bem explorado, com um protocolo com uma Consultora experiente no mercado e de dimensão considerável!
3. Atualmente, Portugal enfrenta uma crise habitacional, marcada pela escassez de oferta, subida de preços e dificuldades de acesso à habitação.
No seu entender, que estratégias devemos considerar prioritárias para ampliar a oferta habitacional e melhorar a sua acessibilidade em Portugal?
Creio que passa muito pelo incentivo não tanto do lado de quem compra / arrenda,
mas pelo incentivo fiscal e financeiro a quem constrói e aos proprietários para arrendarem; nestes sem fuga a impostos, com maior controlo aqui também.
4. Quais os maiores desafios e perspetivas de crescimento que identifica para o setor imobiliário em Portugal nos próximos 2–3 anos, e como é que a B’Living se está a preparar para os enfrentar?
Salvo se houver incentivo a mais construção, a mais arrendamento e a maior requalificação de casas abandonadas, continuaremos a ter o problema atual:
falta de imóveis face à procura e necessidades, o que encarece os preços já bastante avultados. A B’Living não sendo apenas imobiliária, prepara-se como empresa para ter outras valências noutras áreas e mercados; a nível imobiliário,
continuaremos a apostar no atendimento e acompanhamento dos clientes de forma o mais profissional e ética possível, estando muitos a procurar-nos por referência de outros clientes. Desta forma, teremos sempre os clientes que queremos conquistar, mesmo que o mercado seja exigente.
Raquel Almeida, CEO
B’Living Real Estate